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Mobilidade

A mobilidade dos grupos tem um carácter sazonal determinante.

Durante o Inverno vivem nas encostas mais baixas das serras, onde encontram maior proteção para o rigor desta estação.

No Verão deslocam-se para as encostas mais altas. Os grupos podem deslocar-se até 40 km por dia, em função da disponibilidade de água e alimento, podendo esta distância ser alterada pela ocorrência de outros fatores como a existência de crias e a ocorrência de predadores. Em caso de ataque, as éguas protegem as crias formando um círculo em seu redor.

No início da Primavera tem lugar a época de reprodução, o grupo anda menos disperso e a marcação do território é mais intensa. A cobrição ocorre naturalmente nesta altura. As éguas isolam-se para parir, incorporando-se ao grupo algum tempo depois. A partir de Março ou Abril o grupo sobe em direção ao topo da serra.

No Outono, por volta de Outubro, descem de novo. Ao atingirem a maturidade sexual, os jovens machos abandonam a manada, voluntariamente ou por imposição do garanhão. A partir de então, tentarão conquistar um território próprio e constituir o seu grupo de éguas, disputando-as a outros machos.

De noite, em roda, dormem juntas as éguas, protegidas pelo garanhão, com a cabeça voltada para dentro e parte traseira para fora para escoicear o lobo, no meio ficam os potros mais novos.

A interação com o seu único predador natural é complexa, sendo o lobo responsável por um significativo número de ataques a garranos. Ainda assim, diversos estudos demonstram que em grupos coesos, com uma fêmea líder forte, a predação do lobo representa uma ameaça reduzida.